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Visão LATAM x pandemia

Visão LATAM x pandemia

O presidente da Latam Airlines Brasil, Jerome Cadier, foi o convidado de hoje (14) na live Check Point, série da PANROTAS e Imaginadora, com parceria R1, no Portal PANROTAS e no Facebook.

Na reunião, que contou ainda com a participação de Luciano Guimarães, diretor executivo das unidades de negócios B2B da CVC Corp, e Artur Luiz Andrade, da PANROTAS, o executivo falou da sua visão sobre o cenário da aviação no pós-crise, da situação atual da empresa e suas parcerias e a respeito dos investimentos de momento.

LATAM DURANTE A PANDEMIA
Atualmente com 120 aeronaves de sua frota brasileira paradas, a Latam opera com 5% da capacidade que operava antes da restrição de voos. As vendas atuais representam 7% do verificado antes da crise. Tais números representam a chamada “malha essencial”, que será também o cenário da primeira quinzena de junho. O restante do próximo mês, segundo o presidente, depende da evolução ou não da pandemia e de uma sinalização de aumento nas vendas.

Enquanto os voos permanecem parados, a aérea faz investimentos para melhorar a experiência do cliente no ponto de vista da tecnologia.

PREVISÕES DE RETOMADA
Para Cadier, qualquer analise feita no momento atual está sujeita a uma margem de erro muito grande e revisões. Sendo assim, o cenário trabalhado pela empresa apresenta o mercado doméstico voltando mais rápido e o internacional retornando com destinos de Europa e Américas ao mesmo tempo.

“Olhando para o fim do ano, acredito que teremos fluxo de 30% a 40% abaixo do verificado no ano passado”, diz o executivo. Para ele, a previsão de retomada dos negócios a níveis de 2019 é de três a quatro anos. “Não estou sendo nem pessimista, nem otimista, e sim realista”, completa.

MUDANÇAS NA AVIAÇÃO
Também durante a entrevista, o presidente da Latam reforçou que o atual momento deve implicar em mudanças definitivas na indústria dos voos. Para o executivo, é natural que o presente cenário gere ajustes que se estendem do atendimento até a experiência de voo. Dessa maneira resultando em algumas ações como implementação de métodos mais rígidos de limpeza de aeronaves, espaçamento nas filas, otimização de ferramentas on-line e menor interação entre passageiros e tripulação.

LATAM E DELTA
Em negociação desde o final do ano passado, a aliança entre Latam e Delta vem ficando mais sólida. Segundo Cadier, depois da assinatura de uma joint venture, o trabalho agora é focado na aprovação do processo de joint business agreement, que permite às duas companhias o planejamento conjunto de estratégias, como, por exemplo, rotas e mercados de atuação.

TARIFA
O dirigente ainda falou sobre tarifas e afirmou que o quadro pós-crise será de excesso de capacidade e oferta, o que deve resultar em queda de preços para evitar um quadro em que as aeronaves permaneçam estacionadas.

Esse movimento deve valer no curto prazo. “No longo prazo, se o custo de operação intrínseco não baixa, a tarifa vai subir. E o que afeta isso são fatores como dólar, combustível e mudanças operacionais”, pondera.

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